quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Viagem de Moto pelo Brasil - Relato 02



Relatos da viagem que efetuamos eu, GILBERTO CESAR BARBOSA DE OLIVEIRA e ARLI FIGUEIRA.
Um giro de moto  pelo Brasil com visita a todas as capitais dos estados e Distrito Federal.
Saída de Porto Alegre: 27/08/2016
Retorno  Porto Alegre: 19/11/2016
Duração da Viagem: 85 dias
Km percorridos: 20.255
Combustível:  940 litros
Motos utilizadas: Shadow 600/2003 e Shadow 750/2013



2º Relato:
Campo Grande, Rondonópolis, Chapada do Guimarães e Cuiabá



 A CRUZADA PELO  PAÍS    

5º dia
Quarta-Feira, 31/08

Deixando    Presidente Epitácio
Rumando para Campo Grande

Presidente Epitácio - SP
Uma passada pelo centro da cidade de Epitácio Pessoa, que ostenta a alcunha de "melhor por-do-sol" do Brasil, com  visita ao centro de artesanato e começamos a rumar para a travessia da enorme ponte que divisa os estado de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Ao longo do trajeto, a imensa orla da cidade chama a atenção pela organização, limpeza e pelos aparelhos públicos colocados à disposição das pessoas: anfiteatro, espaço para ginástica, caminhadas e esportes. 
  
Ladeando a orla,  o grande Rio Paraná  rouba o espetáculo.
Sobre ele, uma enorme ponte se apresenta como um cartão postal das divisas.



O fuso horário, cruzando a ponte, indica a necessidade de se atrasar os relógios em uma hora.
          Cruzada a ponte, um novo Estado estávamos a percorrer. O Mato Grosso do Sul.  Tudo inédito, tudo desconhecido para nós.


Uma rara sombra
 Os primeiros quilômetros da BR 267 deram a dica de como seria o deslocamento: campos e mais campos. Nada de pessoas e uma longa estrada. Nas retas são os caminhões que andam em altíssima velocidade, provocando forte deslocamento de ar.  O forte sol castiga e as sombras são raras. Tudo é fazenda com imensos campos a perder de vista.



 Abastecer sempre, sem perder as oportunidades, pois muitos postos de combustíveis foram fechados, nos informou um frentista, logo ao cruzarmos a divida.
Outro recado dado: não esperem por postos com bandeira conhecida.  A maioria é mesmo sem bandeira

Arli, no abastecimento
 Por volta das 13h uma parada para reabastecimento das motos e dos motociclistas. Posto de combustível e Lanchonete, ambos postados solitariamente a margem da rodovia, são administrados por pessoas que residem em um povoado próximo. A lanchonete, serve ainda como armazém, farmácia, loja de departamento e tudo mais.
        Outro cenário, bem presente, são os acampamentos
Um dos acampamentos ao longo da rodovia
 as margens da rodovia. São trabalhadores da terra, que buscam espaço para plantar, colher e sobreviver. Foram vários os acampamentos vistos. A imensidão dos campos, os ares de deserto no tocante a pessoas certamente contribuem para que os acampamentos se proliferem na região. 

                          Em meio a tarde, ingressamos na BR 163, quase beirando a nossa próxima capital, com os relógios marcando pouco mais das 17 horas.

Campo Grande
a 3ª Capital
Gilberto Cesar, Arli, Dora e Rickão            
Os contatos, via rede, davam conta de que deveríamos nos direcionar para o Shopping Bosque da Flores, na entrada da cidade. Henrique Rikão e sua esposa Dora Queiroz, motociclistas V-Strom DL 650, logo apareceram para nos dar as boas vindas e as primeiras informações sobre a capital morena.
Rikão explica logo, que o "morena"  é em função do sol, segundo os historiadores não tendo nada a ver com a pele.
                             

Livrando-nos do pesado trânsito da cidade, em meios a muitas voltinhas, chegamos até a pousada - hostel Vitória Régia. 


O casal nos recebeu e foi tratar de afazeres e também cuidar do bebê que chegara há pouco mais de quatro meses.

Bruno, Gilberto  Cesar, Joel e Arli
  As motos échamaram muita a atenção na Vitória Régia. O peruano Joel, bem como o cuiabano Bruno, logo se tornaram parceiros da nossa viagem, com indagações e o encantamento pelas motocicletas.
                                                            

                                RikãoDora e com eles o motociclista Marcelo, chegaram à pousada por volta das 20h para um passeio e um jantar na Campo Grande.
                             Nossa primeira visita, foi a Feira Central, ponto turístico, gastronômico e de venda de artesanato em geral. 


                        Rickão, Dora, Marcelo, Gilberto Cesar e Arli

A feira, está localizada na antiga estação de trens. Revitalizado,  o espaço bem como o entorno abrigam algumas dezenas de bares, oportunidade em que aproveitamos para provar um prato típico da região.   

Encerramos assim a  noitada.

6º dia 
Quinta-Feira -01/09

Outros  passeios  por  Campo Grande
                                                    
               O primeiro de setembro, foi dedicado para passeios na capital morena.
                   Com ares de tranquilidade, Campo Grande esboça por diversos lados a preocupação com a qualidade de vida das pessoas e, com o bom aproveitamento dos espaços e equipamentos públicos.
          A revitalização de prédios e caminhos, antes reservados para os trens, é  uma prova latente da preservação de memória e respeito aos feitos em outras épocas.
                                                       Lá, quase tudo gira em torno da Avenida Afonso Pena e arredores. É bem tranquilo de se locomover, conhecer e fazer amizades nesta terra que recebe um número  grande de turistas. Destaque para o pantanal está presente em quase tudo.

                                       Nosso dia de turismo, foi assim:
A orla morena, espaço de lazer e feiras.



Espaço trem de cultura... um longo trajeto cultural na cidade
..

Trem Cultural
Arli, no Mercado Público
Horto Florestal
Área Central da cidade


Relógio
Casa do Artesão
A primeira casa de alvenaria da cidade, datada de 1918
hoje é um espaço cultural
7º dia
Sexta-Feira - 02/09
Deixando Campo Grande
                                  Sexta, 2 de setembro. Bem cedo já estávamos a organizar os alforjes. Joel, o peruano, fez leitura chorosa de um texto que preparou na noite anterior. Também nos emocionamos.


A estada na capital Campo Grande foi excelente, porém a estrada nos esperava. Um abastecimento ainda nas proximidades da pousada e, logo começamos a rumar para a BR 163.

Nosso destino era  a cidade de Rondonópolis, já no vizinho estado Mato Grosso.  
Com o forte calor, tratamos de rodar o máximo, para ganhar quilometragem na parte da manhã. 
                        


Leonel, Arli, Gilberto Cesar e Décio
                                             Em umas das praças de "apoio ao usuário da estrada" alguns técnicos se aproximam para uma conversa. Saber da procedência da dupla, saber da dupla, da viagem e, também para um registro fotográfico. Falaram que o calor irá se intensificar ainda mais. O termômetro instalado na minha motocicleta, marcava 36º.
                      Por sugestão dessa turma, o almoço foi na cidade de Coxim, onde o "peixe" figura como prato abundante e famoso.

  Optamos pelo restaurante "Vô Pedro", muito em função da localização do mesmo. O local fica as margens do rio Taquari, e devido o forte calor, nos pareceu ser o local mais fresco, naquele momento.
Arli Figueira e Gilberto Cesar
No interior do restaurante, uma variedade enorme de peixes estava à disposição dos frequentadores. Aproveitamos para provar a carne de jacaré e outros peixes que nem sabíamos que existiam.

E a cidade de Coxim foi ficando para trás.

E a cidade de Coxim foi ficando para trás.




Mais tarde, uma nova parada, a gora na última praça da CCR, empresa que administra o trecho da rodovia, BR 163. Foi bom saber que "eles" também estão inseridos na coleta por "lacres" de latas de alumínio. O nosso Moto Grupo Com Destino, também o faz e, com a mesma finalidade.

                                   Foi quase ao final da tarde, que cruzamos a divisa dos estados. O sol começava a dar sinais de trégua, permitindo o aparecimento dos primeiros sinais do anoitecer. Uma verdadeira benção, pois o dia fora puxado e, muito quente. 













Nas proximidades da divisa, mais um abastecimento e uma boa esticada nas pernas.

De volta ao asfalto, em pouco tempo começamos a visualizar os primeiros prédios de Rondonópolis.

 Ao longo da rodovia, são vários os hotéis que existem. Nem chegamos a escolher. Foi ingressar em um deles, acertar o preço e ali ficar. 
Hotel Globo, foi onde ficamos e tratamos de estacionar as motocicletas.

8º dia
Sábado - 03/09

Rumando para a Chapada dos Guimarães
                     O sábado 3 de setembro, que amanhecera bastante nublado, estava propício para rodar naquela região que é sempre bastante quente. De olho no bom tempo, tomamos o café matinal e tratamos de ganhar a estrada. 
Ingressar na rodovia, agora a BR 364, não foi nada fácil. Uma longa fila de caminhões se deslocava lentamente, quase que grudados uns nos outrosIsso dificultou um pouco nosso ingresso na pista de rolamento. Após algumas negociações, é que conseguimos o intento.
Posto 364, na rodovia de mesmo nome
Rodamos por um quarto de hora, e tratamos de reabastecer as motocicletas. A sinalização de pedágio a 2 km poderia ser um sinal de ausência de outros postos de combustíveis por alguns quilômetros. 
Mantendo  boa distância.... na foto, a bolha da minha moto
Com o passar de quilômetros, várias pequenas cidades também foram sendo deixadas para trás. Muitas são cortadas pela BR 364, por vezes  nem as conseguimos ver, dado a grande fila - constante - de caminhões que transportam a safra de grãos do Mato Grosso.
Caminhões por todo o lado. Uma barulheira quase insuportável. Acostamento e a utilização da contra-mão, estavam na ordem daqueles "menos cidadãos do volante". Algumas manobras de risco, foi o que observamos no trecho. Mas o que mais cansou mesmo, foi o fluxo lento demais.
                                  Aos 90 km dessa "tranqueira", uma parada para um café. Nessa, uma bela surpresa: o proprietário do estabelecimento também era motociclista. 
Heitor Bender pilota uma GS 800, com viagens pelo Perú e Argentina
Heitor e Gilberto Cesar
  
O comerciante, solicitou nossos roteiros e após uma estudada, sugeriu seguirmos direto para a Chapada dos Guimarães, indo depois para Cuiabá. Isto nos reduziria alguns bons quilômetros.
                 Disse-nos ainda o parceiro Heitor:  "quando forem efetuar a troca de óleo das motocicletas, em Rio Branco, no Acre, procurem pelo Oswaldo, na Honda". Nos entregou um  cartão de visitas e pediu que entregássemos a ele. 
                                                         Nos despedimos e o café e os lanches foram cortesias.  Voltamos para a movimentada rodovia.
Já beirando o meio dia, tratamos de almoçar e constatamos que a cidade de Campo Verde estava ao nosso alcance quilométrico.


Mirante da cidade
   Nela adentramos, e tratamos de procurar por um bom lugar para o almoço. A cidade, é  aconchegante e bem movimentada. 
Na praça, tratamos de deixar as motos, almoçar e mais tarde fomos caminhar pelo entorno, a título de descanso. Enquanto isso, foram várias as pessoas que conversaram a respeito da viagem, das motos e do nosso percurso.
                                   Novamente na estrada, agora era o tempo que prenunciava uma mudança. De nublado, passou para chuvaradas. 
                                   Em pouco tempo, começamos a avistar os primeiros sinais do  Parque Nacional da Chapada dos Guimarães. 


                 Até aqui, a visualização ainda era possível. No entanto, ao nos aproximarmos do município de Chapada dos Guimarães, a baixa temperatura já se fazia sentir bastante. 
Uma densa névoa encobria a estrada, os campos e tudo ao redor. A pouca visibilidade nos fez reduzir drasticamente a  estrada, os campos e tudo no entorno. A pouca visibilidade, nos fez reduzir drasticamente a velocidade exigindo, por consequência,  cuidado redobrado. 
          
Com muita calma, fomos adentrando a cidade. Além da névoa, o frio também estava presente. Uma composição típica de inverno, tal qual acontece no Rio Grande do Sul.
Tratamos logo da hospedagem, e sem muitas escolhas, dado a intempérie presente, 
Arli, Mauri, Letícia e Gilberto Cesar
ficamos na Pousada Ribas, dirigida por um mineiro e uma gaúcha. Acolhedores e simpáticos foram os proprietários, Maurí eLetícia, que ainda nos serviram um bom chimarrão.


Arli Figueira e Gilberto Cesar
Mesmo com tempo chuvoso, fomos para o centro da cidade para um passeio e conhecimento dos pontos turísticos do município de Chapada dos Guimarães.


13° de Temperatura às 16h 

Uma das esculturas, na praça


 Na praça principal, o relógio digital era o objeto mais fotografado pelos turistas. A impossibilidade de visitação ao Parque, seus paredões  e cachoeiras, fez  com que houvesse uma grande concentração de turistas no centro da cidade, que se dividiam entre caminhadas,  e  compras nas diversas lojinhas de souvenirs.


Igreja local
O cenário, era exatamente este: uma tarde típica de inverno no município de Chapada dos Guimarães. Um bonito local, cujas belezas naturais  e as  feitas a partir da mão humana, estavam sob uma densa névoa. 
Tranquilamente deu para dizer: o que já era belo, ficou mais belo ainda.

9º dia
Domingo 04/09

Deixando a Chapada dos Guimarães
rumo a Cuiabá
                       O domingo na Chapada amanhecera ainda com caras de chuva. Segundo os proprietários da pousada, em menos de 10km já estaríamos com tempo bom e, melhor ainda,  vendo os paredões e os vales do parque. 


Rui, Arli e Gilberto Cesar

Ao longo do café, uma conversa com outro motociclista, Rui, da cidade do Rio Janeiro, que estava cruzando as duas Chapadas: Guimarães e Diamantina. Conversamos muito sobre o Norte do Brasil, pois lá chegaríamos em breve. 
    Rui já andara por lá numa outra viagem.
Antonio Cesar, Arli e Gilberto Cesar
E começamos  a  nos movimentar, visando pegar a estrada. As despedidas aos amigos da pousada, e a primeira reabastecida nas motos. No posto de combustível, mais um bom encontro. Agora, com o motociclista Antonio Cesar, que também estava a abastecer.
Antonio estava retornando de Boa Vista indo para Goiás, onde fixou residência. Comentamos da nossa viagem, olhamos alguns roteiros do Norte, sem qualquer reparo por parte do novo parceiro.

Realmente o tempo mudou, e como que do nada, começaram a surgir os imensos paredões, d'antes nunca vistos, numa espécie de grande brinde da natureza para os nosso olhos. Imediatamente uma parada para contemplação e registros fotográficos. 



                     A chapara é linda. Os recortes, o alinhamento, a homogeneidade, a imensidão, a cor avermelhada dos paredões, tudo.

Obra de um grande gênio, ... mais uma obra!

Lentamente, fomos pegando as motocicletas, retomando a estrada e, olhando volta-e-meia pelos retrovisores, vendo aos poucos, a diminuição daqueles gigantescos paredões. Em pouco tempo os prédios de uma grande cidade começaram a tomar conta do cenário a nossa frente.

Cuiabá
a 4ª Capital

             



 E com bom tempo, começamos a avistar a capital do      Mato Grosso, a Cuiabá.
      
                   
Marco Rosada, Gilberto Cesar e Arli 
      

 Foi Marco Rosada,  presidente do Moto Grupo Lunáticos do Asfaltoque nos  recebeu e, de imediato nos deu as boas vindas.
Sede do Moto Grupo os Lunáticos

 Logo as primeiras conversas a respeito da viagem, algumas informações sobre a cidade e o encaminhamento para a sede do moto grupo  Lunáticos do Asfalto. 
 Guardar as motos e se arrumar para o almoço, foi a proposta do anfitrião Marco.
                         Muito embora, sem chuvas, o frio reinante em Cuiabá,  15º,  era sem dúvidas, algo  atípico por aqui.

 O frentista falou, a atendente da conveniência reclamou e o Marco confirmou ser algo muito anormal na Cuiabá.  .... Vocês trouxeram o frio do Sul aí nos alforjes.... complementou Marco.
            Nos dirigimos de carro para a região margeada pelo Rio Cuiabá.
Um passeio pela orla e de imediato constatamos a quantidade de bancas e barracas que servem peixes.   
E assim chegamos na Toca do Coelho, uma das barracas. Aqui tudo é bom e tem muito fartura, sentenciou o anfitrião.
E começou o rodízio de peixes: fritos, ensopados, mocecas, bolinhos, camarão, risotos, carne de jacaré  ...... 

Uba, Gilberto Cesar, Wellington, Marco e Arli
Outro parceiro do Moto Grupo Lunáticos do Asfalto, chegou junto: Wellington. 
O motociclista  se apresentou e, conosco compartilhou do  rodízio.
Uba, gaúcho e músico contratado pela peixaria, em seu intervalo, também se juntou a nossa mesa.


Centro Histórico
Prefeitura  Primeiro prédio.  atual, ao fundo
Passado o almoço, realizamos um tour pelo centro histórico da cidade. Uma prévia daquilo que Arli e eu iríamos fazer na segunda-feira.



Encerrou-se assim o domingo para nós,  com os termômetros marcando 14º no Jardim das Palmeiras, em Cuiabá.

10º dia
Segunda-Feira - 05/09


Em Cuiabá
              Como o frio não chega a ser problema para nós, a temperatura de 15º de temperatura estava agradável. Nos deslocamos de ônibus, nos deslocamos para o centro da cidade.  
                   Assim, começamos pelo centro histórico, casa do artesão, mercado do porto, museus e calçadão da cidade.
Fizemos um grande passeio pela Cuiabá:
Restaurante SESC ,,, 524 tampas de panelas .....ferro batido


Aquário Municipal

Antigo Mercado Municipal
Rio Cuiabá


Mercadão

Centro Histórico

Lojas






 Depois dos passeios, que durou o dia inteiro, à noite fomos para o Chopão, tradicional casa da cidade, com a intenção de provarmos outro prato regional: o ”Escaldado Cuiabano". Um prato com frango desfiado, com molho à base de farinha mandioca.
Uma delícia de prato!!

               Na oportunidade, a presença de outros integrantes  do 
                             Moto Grupo  Lunáticos do Alfalto
Gilberto Cesar, Marco, Wellington, Castro, Arli e Mamute.

Fotos e Relato: Gilberto Cesar
Moto Grupo Com Destino
Porto Alegre - RS
comdestinomotos@gmail.com
gilberto-cesar13@hotmail.com















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